Por Jennifer de Carvalho
9 de Abril de 2025 às 09:54
No universo dos concursos públicos, muitos profissionais sonham em passar em uma seleção para um tribunal brasileiro. Conforme o relatório “Justiça em Números 2024”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o país possui cerca de 90 tribunais. Esse número é distribuído entre diferentes vertentes, como: Tribunais Superiores, Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunais de Justiça Militar.
Um levantamento feito para o relatório “Justiça em Números 2024”, do CNJ, mostra que dentre os 446.534 profissionais atuantes nesses órgãos, 275.581 servidores fazem parte dessa força de trabalho. Assim, muitos concursos para o ingresso em tribunais são lançados para os cargos de Técnico e Analista Judiciário.
Ao escolher o concurso público de um determinado tribunal para se inscrever, o candidato pode usar algumas estratégias para uma rotina de estudo mais eficaz. Um dos primeiros passos para essa organização é pesquisar os últimos editais da instituição. Conforme Marcos Antonio Amorim, servidor público no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e criador da Mentoria Dominando Tribunais, essa análise auxilia na identificação das disciplinas que são mais recorrentes nos processos.
“Em seguida, é muito importante que cada um conheça o seu nível de conhecimento dos conteúdos. Se o candidato não sabe previamente o seu percentual de acertos nas matérias que irá estudar, ele não terá como medir se está progredindo ou regredindo”, acrescenta.
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Para isso, ele orienta a realização de simulados que consistem na resolução de três a cinco provas que foram aplicadas nas seleções anteriores do tribunal desejado. A ideia é quantificar a média de acertos das disciplinas mais cobradas e, a partir desses dados, montar um cronograma de estudos.
“O candidato estratégico monta o seu ciclo de estudos com base nas matérias que tem maior percentual de acertos, atribuindo a elas uma carga horária menor do que a destinada para as que possui mais dificuldade”, diz o mentor.
Conforme um artigo publicado na Scientific Electronic Library Online (SciELO), um gerenciamento mais efetivo do tempo dedicado aos estudos depende de diversos fatores. Um deles é ajustar as atividades de acordo com a realidade de pessoa. Outro ponto é o estabelecimento de metas, definindo como elas serão alcançadas.
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Analista Judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), Priscila Sertek indica a priorização de um método chamado EQR (Estudo, Questões e Revisão) no momento de planejar a rotina de aprendizado.
“Cada dia inclua um bloco de estudo teórico para aprender o conteúdo, seguido da resolução de questões para consolidar o aprendizado e, por fim, realizar revisões regulares, com o apoio de um ‘caderno de acertos’. Essa abordagem permite a fixação do conteúdo de forma mais ativa e ajuda a evitar esquecimentos.”
Conforme Priscila, o ‘caderno de acertos’ é uma técnica em que o candidato registra as questões que errou e acertou, com a análise dos motivos de cada escolha. A ideia é o material se tornar um guia personalizado, pois ajuda o concurseiro a focar nos tópicos que precisam de mais atenção. Assim, ela acrescenta as seguintes orientações para a montagem do cronograma de estudo:
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Ainda, a mentora ressalta a importância do cronograma ser adaptável, para o candidato do concurso público de um determinado tribunal manter a consistência nos estudos mesmo diante de imprevistos.
Confira mais dicas sobre como passar em concursos públicos de tribunais nesta reportagem.
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