Estadão / Serviços / Concurso Público

Como organizar os estudos para um concurso de tribunal? Veja dicas práticas

Ao criar a rotina de aprendizado para as avaliações de um concurso público de tribunal, o candidato deve ajustar a programação conforme sua realidade

Com cerca de 90 tribunais no Brasil, muitos certames são lançados para esses órgãos públicos. - Foto: Adobe Stock
Com cerca de 90 tribunais no Brasil, muitos certames são lançados para esses órgãos públicos. - Foto: Adobe Stock

No universo dos concursos públicos, muitos profissionais sonham em passar em uma seleção para um tribunal brasileiro. Conforme o relatório “Justiça em Números 2024”, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o país possui cerca de 90 tribunais. Esse número é distribuído entre diferentes vertentes, como: Tribunais Superiores, Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça, Tribunais Regionais Eleitorais, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunais de Justiça Militar.

Um levantamento feito para o relatório “Justiça em Números 2024”, do CNJ, mostra que dentre os 446.534 profissionais atuantes nesses órgãos, 275.581 servidores fazem parte dessa força de trabalho. Assim, muitos concursos para o ingresso em tribunais são lançados para os cargos de Técnico e Analista Judiciário.

Como organizar os estudos para um concurso de tribunal?

Ao escolher o concurso público de um determinado tribunal para se inscrever, o candidato pode usar algumas estratégias para uma rotina de estudo mais eficaz. Um dos primeiros passos para essa organização é pesquisar os últimos editais da instituição. Conforme Marcos Antonio Amorim, servidor público no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e criador da Mentoria Dominando Tribunais, essa análise auxilia na identificação das disciplinas que são mais recorrentes nos processos.

“Em seguida, é muito importante que cada um conheça o seu nível de conhecimento dos conteúdos. Se o candidato não sabe previamente o seu percentual de acertos nas matérias que irá estudar, ele não terá como medir se está progredindo ou regredindo”, acrescenta.

Leia também: DeepSeek: como usar no estudo para um concurso? Veja dicas de especialistas.

Para isso, ele orienta a realização de simulados que consistem na resolução de três a cinco provas que foram aplicadas nas seleções anteriores do tribunal desejado. A ideia é quantificar a média de acertos das disciplinas mais cobradas e, a partir desses dados, montar um cronograma de estudos.

“O candidato estratégico monta o seu ciclo de estudos com base nas matérias que tem maior percentual de acertos, atribuindo a elas uma carga horária menor do que a destinada para as que possui mais dificuldade”, diz o mentor.

Conforme um artigo publicado na Scientific Electronic Library Online (SciELO), um gerenciamento mais efetivo do tempo dedicado aos estudos depende de diversos fatores. Um deles é ajustar as atividades de acordo com a realidade de pessoa. Outro ponto é o estabelecimento de metas, definindo como elas serão alcançadas.

Leia também: Como se preparar para o concurso público? Veja dicas de especialistas.

Analista Judiciária do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), Priscila Sertek indica a priorização de um método chamado EQR (Estudo, Questões e Revisão) no momento de planejar a rotina de aprendizado.

“Cada dia inclua um bloco de estudo teórico para aprender o conteúdo, seguido da resolução de questões para consolidar o aprendizado e, por fim, realizar revisões regulares, com o apoio de um ‘caderno de acertos’. Essa abordagem permite a fixação do conteúdo de forma mais ativa e ajuda a evitar esquecimentos.”

Conforme Priscila, o ‘caderno de acertos’ é uma técnica em que o candidato registra as questões que errou e acertou, com a análise dos motivos de cada escolha. A ideia é o material se tornar um guia personalizado, pois ajuda o concurseiro a focar nos tópicos que precisam de mais atenção. Assim, ela acrescenta as seguintes orientações para a montagem do cronograma de estudo:

  • Divida as disciplinas conforme o peso no edital;
  • Reserve mais tempo para as matérias com maiores dificuldades;
  • Inclua momentos específicos para revisões acumuladas e simulados.

Leia também: Concursos públicos: como ler e interpretar o edital dos certames?

Ainda, a mentora ressalta a importância do cronograma ser adaptável, para o candidato do concurso público de um determinado tribunal manter a consistência nos estudos mesmo diante de imprevistos.

Confira mais dicas sobre como passar em concursos públicos de tribunais nesta reportagem.

Encontrou algum erro?

Entre em contato

Principais temas acessados

Concurso PúblicoTribunalestudosdicas