O serviço público oferta grande parte das vagas para professores no Brasil. Saiba qual o cenário da educação no país, com base em pesquisas recentes
A educação é um mecanismo de transformação social. E, enquanto serviço público, também consegue atingir grupos vulnerabilizados e mudar histórias. O próposito levou, e ainda leva, milhões de brasileiros a escolherem a profissão de professor.
O magistério é o sonho de carreira de muitos brasileiros. Quase 20% dos universitários do país estão em cursos de Licenciatura ou Pedagogia, segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A média de outros países da América Latina é de 10%.
Os altos índices se refletem nas salas de aula por todo o país. Em 2023, o número de professores na rede básica de ensino bateu 2,4 milhões, segundo o Censo Escolar. Ainda de acordo com o estudo, 80% dos educadores são mulheres. Também segundo o mesmo estudo e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) (2021), a idade média dos professores é de 40 anos.
Do outro lado, algumas coisas vem mudando no cenário. O número de professores concursados atingiu o menor patamar em 10 anos, de acordo com pesquisa da Todos Pela Educação. Entre temporários e efetivos, entre 2013 e 2023, houve uma redução de cerca de 57 mil docentes nas redes de ensino.
Pesquisa da Ipec mostrou que 71% dos professores brasileiros estão estressados pela sobrecarga de trabalho. O levantamento, realizado em 2022, ouviu mais de 6 mil professores de escolas públicas (municipais e estaduais) de todo o país.
Ainda sim, o estudo “Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil”, do Instituto Semesp, apurou que 53% dos professores da educação básica estão satisfeitos com a carreira. Dentre os motivos para continuar nas salas de aulas destacam-se: